
O anĂșncio da Butanvac, que pode se tornar a primeira vacina contra a covid-19 com tecnologia 100% nacional, foi comemorado pelos senadores nesta sexta-feira (26). Pelas redes sociais, os parlamentares parabenizaram o Instituto Butantan pelo desenvolvimento do material e defenderam o investimento em ciĂȘncia e tecnologia como caminho para combater o coronavĂrus.
O Butantan informou que solicitarĂĄ Ă AgĂȘncia Nacional de VigilĂąncia SanitĂĄria (Anvisa), ainda nesta sexta-feira, autorização para iniciar ensaios clĂnicos em humanos. Segundo o instituto, o objetivo Ă© ter 40 milhĂ”es de doses prontas atĂ© o fim deste ano.
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A previsĂŁo do Butantan Ă© que os testes clĂnicos sejam iniciados em abril. O pedido de autorização Ă Anvisa se refere Ă s fases 1 e 2 de testes. Nessas fases, devem ser avaliadas a segurança e capacidade de promover resposta imune em cerca de 1,8 mil voluntĂĄrios. A Butanvac jĂĄ passou pelos testes prĂ©-clĂnicos no Brasil e tambĂ©m passarĂĄ pela primeira fase de testes no VietnĂŁ e na TailĂąndia.
A Butanvac jĂĄ foi cadastrada no sistema da Organização Mundial de SaĂșde (OMS). As empresas Dynavax e PATH sĂŁo parceiras do Instituto Butantan nessa iniciativa. Segundo dados do MinistĂ©rio da SaĂșde, hĂĄ 17 estudos prĂ©-clĂnicos de vacinas no paĂs que estĂŁo em fase de aperfeiçoamento por instituiçÔes brasileiras.
“Grande notĂcia: o Butantan anunciou que vai produzir, em larga escala, a Butanvac, primeira vacina 100% nacional contra a covid-19. O instituto pretende tambĂ©m distribuir para paĂses de baixa e mĂ©dia renda. Enfim, uma luz no fim do tĂșnel. ParabĂ©ns. Isso Ă© polĂtica humanitĂĄria”, celebrou o senador Paulo Paim (PT-RS).
CiĂȘncia
O senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) disse que o anĂșncio do Instituto Butantan “renova a esperança” do povo brasileiro. E ressaltou que ele se soma a todos que “torcem pela ciĂȘncia e pelo sucesso da iniciativa”.
Ao comemorar a iniciativa, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) tambĂ©m destacou a importĂąncia da pesquisa cientĂfica: “Mais uma prova da enorme importĂąncia dos investimentos em ciĂȘncia e tecnologia para o Brasil! Vacina sĂł se desenvolve com pesquisa, e pesquisa precisa de recursos. E nossa prioridade Ă© a vacina”.
Parceria
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lembrou que o desenvolvimento desse possĂvel novo imunizante Ă© resultado da parceria entre o Instituto Butantan e o governo do estado de SĂŁo Paulo que, frisou ele, confiaram e investiram na ciĂȘncia como resposta Ă pandemia.
“Uma vacina 100% brasileira contra a covid-19! Ă isso que o Butantan irĂĄ entregar ao paĂs. Precisamos investir em ciĂȘncia e tecnologia. A melhor saĂda que temos para a crise e a melhor forma de salvar vidas Ă© investir na ciĂȘncia, mas nĂŁo sĂł hoje, sempre!”, disse Randolfe.
A referĂȘncia Ă “parceria de sucesso” tambĂ©m foi destacada pelo senador JosĂ© Serra (PSDB-SP): “Imenso orgulho do Instituto Butantan pela criação da Butanvac! Essa parceria de sucesso entre o instituto e o governo de SĂŁo Paulo mostra que investir na ciĂȘncia Ă© a nossa saĂda! Teremos uma vacina 100% nacional que ajudarĂĄ nĂŁo sĂł o Brasil, mas outros paĂses de baixa renda que tanto precisam dela.”
Insumos da China
Ao elogiar o anĂșncio, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) fez a seguinte publicação em suas redes sociais: “Vacina 100% nacional! O Instituto Butantan criou uma nova vacina contra a covid, totalmente produzida no Brasil e que nĂŁo vai depender da importação do Ingrediente FarmacĂȘutico Ativo (IFA) da China”, afirmou.
Atualmente, o Butantan realiza o envase do IFA, que Ă© importado da China, para a produção da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacĂȘutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. Caso a vacina Butanvac tenha seu processo de testagem aprovado e sua aplicação autorizada, sua produção nĂŁo dependerĂĄ mais de insumos da China.
Vacinação
Estima-se que, até agora, cerca de 14 milhÔes de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra covid-19 no Brasil (isso equivale a aproximadamente 6,6% da população brasileira), enquanto em torno de 4,5 milhÔes receberam a segunda dose (cerca de 2% da população).
No Brasil, por enquanto, duas vacinas estĂŁo sendo distribuĂdas e aplicadas: a CoronaVac e a Astrazeneca/Oxford (esta Ășltima fabricada no Brasil pela Fiocruz). A expectativa Ă© que mais vacinas sejam incorporadas em breve ao programa nacional de imunização.
Confira a manifestação de outros senadores:
Rodrigo Cunha (PSDB-AL): “Foi com alegria e esperança que recebi a notĂcia de que o Instituto Buntantan pedirĂĄ, hoje [sexta-feira], autorização Ă Anvisa para iniciar os testes em voluntĂĄrios da primeira vacina 100% brasileira. O novo imunizante, Butanvac, tem a mesma tecnologia da vacina da gripe e, se, os testes forem autorizados, e com o resultado positivo, teria sua produção e aplicação no segundo semestre. A previsĂŁo Ă© de que 40 milhĂ”es de doses possam ser fabricadas atĂ© o fim de 2021.”
Eliziane Gama (Cidadania-MA): “ParabĂ©ns ao Instituto Butantan pelo desenvolvimento da vacina 100% brasileira no combate Ă covid-19. Uma notĂcia que nos enche de esperança, neste momento tĂŁo difĂcil da pandemia.”
PlĂnio ValĂ©rio (PSDB-AM): “Vamos apoiar, acreditar e confiar.”
Marcos do Val (Podemos-ES): “AlĂ©m de fabricar e distribuir a CoronaVac no Brasil, o Instituto Butantan estĂĄ trabalhando em uma vacina contra a covid-19 que Ă© 100% brasileira. Chamada de Butanvac, a solução estĂĄ em desenvolvimento desde 2020, e o ĂłrgĂŁo de pesquisa pretende iniciar os testes em humanos em breve.”
DĂĄrio Berger (MDB-SC): “Um marco para a ciĂȘncia do Brasil! O anĂșncio do desenvolvimento de uma vacina 100% brasileira contra a covid-19 Ă© motivo de muito orgulho e uma esperança para todos nĂłs brasileiros. Vida longa ao Instituto Butantan. Viva a ciĂȘncia!”
Zenaide Maia (Pros-RN): “ParabĂ©ns, Instituto Butantan! Viva a CiĂȘncia! #VacinaSim.”
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